segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bainha Rizogênica Apical - ou - Bainha Epitelial de Hertwig

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 07 de novembro de 2013 às 19:00h
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AVISO AOS QUE NÃO ESTÃO INTRODUZIDOS AO ESTUDO DA HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA ORAL: os termos Bainha Rizogênica Apical (BRA) e Epitélio Reticular Radicular (ERR) não estão presentes na literatura. São proporsições do autor deste blog.
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Seria possível pensar na Bainha Epitelial de Hertwig como um órgão formador da raiz dentária?
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Eu já escrevi algumas análise sobre os chamados restos epiteliais de Malassez aqui.
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Bem, o que estou pensando desde algum tempo é algo assim:

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À medida que se estendem o epitélio interno do órgão do esmalte e o epitélio externo do órgão do esmalte formando uma bainha constituída por duas camadas celulares no nível apical,

esta bainha começa a produzir Rede Epitelial Radicular (RER) e a induzir a diferenciação de Odontoblastos na face voltada para a papila dentária,
e
a diferenciação de cementoblastos na face voltada para o folículo dentário.
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Assim, a partir de sua margem cervical verifica-se a formação contínua dos tecidos radiculares (cemento, RER e dentina).
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A proposta é que após induzir a diferenciação de odontoblastos e cementoblastos, células epiteliais derivadas da Bainha Rizogênica Apical (BRA) posicionem-se externamente ao cemento produzido, assumindo o papel de RER.
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Observe que por esta proposta, (o que talvez seja o original da proposta)
a chamada bainha epitelial de Hertwig não se fragmenta,
o que ocorre
é que ela (agora chamada de Bainha Rizogênica Apical) forma o Rede Epitelial Radicular.
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à medida que o dente realiza os movimentos de erupção,
distancia a raiz formada da BRA enquanto esta mantém uma posição apical.
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O RER é constituído por células que se diferenciam a partir de BRA e assumem uma posição superficial em relação ao cemento formado,
enquanto,
BRA é constituído por células-tronco e mantém uma posição apical, não migrando para a superfície cementária, mas ficando, ao final do desenvolvimento radicular, aprisionado pelo cemento, como pode ser visto aqui.
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Assim, as células de BRA devem ter um proteoma diferente de RER, e faltar-lhe a habilidade de migrar para uma posição superficial em relação ao cemento.
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Este achado pode ter alguma implicação se confirmado. Se na porção apical radicular, não ocorre RER, e este tem um papel na homeostase do ligamento periodontal, então
pode haver alguma diferença na homeostase do ligamento periodontal apical em relação ao restante da raiz,
e
se é função da RER inibir reabsorção do cemento durante a movimentação dentária,
a superfície radicular apical poderia ser mais suscetível à reabsorção do que a superfície cervical e média. Isto parece já ter sido demonstrado.aqui
Em movimentos intrusivos, a reabsorção de cemento é mais intensa no terço apical, bem como seus componentes vasculares, celulares extracelulares tornam-se mais alterados nesta região.(inserto em 08/maio/2011)
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E
Um papel em controlar a homeostasia do tecido periodontal, e uma conexão entre reabsorção radicular e alterações morfológicas derivadas do ectoderma faria sentido se o processo de reabsorção fosse também dependente do tecido ectodérmico, segundo Bille, Kvetny & Kjaer, 2011
, segundo os quais "se a camada de células ectodérmicas influenciam a resistência da raiz radicular contra a reabsorção ou a sua suscetibilidade a reabsorção, então a relação entre morfologia e reabsorção torna-se compreensível. Estudos futuros verificarão o papel deste epitélio durante o processo de reabsorção."
.LEMBRETE:
ESTA DESCRIÇÃO NÃO É A ASSUMIDA PELA LITERATURA.
ELA É ORIGINAL E FRUTO DA INTERPRETAÇÃO DO AUTOR DO BLOG.
PORTANTO, NÃO A UTILIZEM EM SALA DE AULA.

O papel da chamada Bainha Epitelial de Hertwig na indução da diferenciação de células do folículo dentário em cementoblastos pode ser verificado nos seguintes trabalhos aqui. e
aqui

aqui também

A capacidade da Bainha Epitelial de Hertwig em forma raiz mesmo quando separada da raiz principal pode ser verificada aqui.

Aplicação clínica deste conhecimentos podem ter sido propostas aqui. (este inserto foi adicionado em 07.11.2013)

Já lanço uma hipótese de que apesar de as células da BRA apresentarem-se como células tronco, as células do RER não expressam estas mesma características.


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