sábado, 14 de maio de 2011

A guerra das mitocôndrias

ULTIMA ATUALIZAÇÃO: 02 de fevereiro de 2013
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Há milhões de anos, um grupo de bactérias conseguiu conquistar território privilegiado dentro de algumas células. Desde então, este fértil território se expandiu em um verdadeiro império.
As células eucarióticas constituem o REINO DAS MITOCÔNDRIAS.
No entanto, ao longo deste período histórico, eventos de batalhas e traições são constantes.
Outras bactérias lutam para destruir ou conquistar este império.
No mais vasto mundo, as mitocôndrias tiveram que ceder e unir reinos com os cloroplastos, mas na terra fúngicas e animais, as mitocôndrias reinam absolutas.
As batalhas são travadas nos mais diversos campos e diversas estratégias foram desenvolvidas.
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O sacrifício faz parte de milhões destas guerreiras. Muitas mitocôndrias são enviadas a um combate sem chance de sobrevivência. Elas são enviadas aos Reinos Eucarióticos Masculinos. Elas não têm escolha. Uma vez neste reino, não deixarão descendentes. Não têm a mesma sorte da guerreiras enviadas aos Reinos Eucarióticos Femininos, que poderão se perpetuar. Estas sim pertencem ao Reino Imortal. (inserto: 15 maio 2011)
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Mas talvez a batalha decisiva se estabeleça dentro do próprio reino, quando as mitocôndrias são obrigadas a combater suas irmãs insurgentes.
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Como invadir territórios já dominados por mitocôndrias insurgentes?
Do Império Central, campanhas de mitocôndrias se espalham e utilizam de nanotubos de tunelamento para combater as insurgentes.
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Além disso, como as batalhas com as bactérias estrangeiras (bárbaras) ainda persistem, a produção de armas de guerra utilizadas nas fronteiras dos territórios eucarióticos - o vasto campo extracelular - custa caro às mitocôndrias. Alguns reinos foram destinados para combater as bárbaras bactérias, estas invasoras. Os reinos eucarióticos dos leucócitos estão nesta frente de batalha utilizando as armas municiadas pelas poderosas mitocôndrias - NETs - neutrophils extracellular traps. As mitocôndrias carregam estas armas com espécies derivadas do oxigênio, utilizandos suas poderosas enzimas. (inserto: 02 fevereiro 2013)
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Uma tribo bacteriana ensaia constantemente invadir terras mitocondriais - as Listeria monocytogenes. Chegam mesmo a desestruturar os organizados batalhões mitocondriais utilizando táticas guerrilheiras e terroristas - uma toxina que perfura as mitocôndrias, impedindo sua mais importante tática de organização (as fissões e fusões). (inserto: 24 maio 2011)
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As mitocôndrias durante este imemoriável período tornaram-se extremamente dependentes de seus súditos, não sendo possível um retorno à sua condição tribal antiga. As regalias alcançadas com as conquistas as tornaram, também, escravas de seus súditos. Delegaram a destacáveis da prebe, funções importantes, e, agora, sua sobrevivência depende destes. Elementos essenciais são transportados para as mitocôndrias continuamente, e, atravessam suas membranas, permitindo-lhes realizar suas funções majestosas. Um elaborado sistema de translocação da membrana externa (TOM) e de translocação na membrana interna (TIM) foram construídos. Isto permitiu diminuir a carga de tomada de decisões pelas mitocôndrias, que recebem agora e admitem as ordens advindas destes súditos. As mitocôndrias ainda mantêm vários comandos centralizados, mas já perceberam que se não compartilharem este comando com os destacáveis súditos, o reino pode entrar em colapso. Assim, quando ocorre alguma falha em comando centrais, a redundância do comando descentralizado consegue manter o equilíbrio do reino. Em alguns subreinos, ocorrem falhas de comando descentralizados e o resultado é um reino fraco. (inserto: 06 junho 2011)
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Diante de situações catastróficas, as poderosas mitocôndrias preferem sacrificar todo o reino. E os súditos são sacrificados (apoptose). Sinais poderosas estão nas mãos das mitocôndrias que não vacilam em utilizar-se destes recursos. (inserto: 06 junho 2011)

MAIS DETALHES DESTA BATALHA DOS DEUSES MITOCONDRIAIS E O SUBMUNDO DOS MORTAIS COMING SOON HERE.

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