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AVISO: alguns termos e conceitos aqui utilizados não estão presentes na literatura de forma clara. Estes são apresentados originalmente aqui. Não tendo validade científica verificada. Assim, cuidado: NÃO FAÇA EM CASA!
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Nesta atualização, estou redenominando de Epitélio Reticular Radicular para Rede Epitelial Radicular. Dois motivos: a sonoridade do termo e para enfatizar o órgão e não o tecido. (Este inserto é de 15 de maio/2011)
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As raízes dentárias são envolvidas por uma rede epitelial derivada da bainha epitelial de Hertwig (que eu proponho seja denominado de Bainha Rizogênica Apical (BRA) - REDE EPITELIAL RADICULAR (RER).
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A bainha epitelial de Hertwig se origina com um prolongamento a partir do órgão do esmalte. Este prolongamento constitui-se de uma camada epitelial voltada para o folículo dentário e outra camada epitelial voltada para a papila dentária. "Quando a formação da coroa está completa, o epitélio dentário externo e interno se unem para formar a bainha epitelial de Hertwig". (Este inserto é de 15 de maio/2011)
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À medida que a raiz é formada, a bainha epitelial de Hertwig mantendo uma posição original (!) produz o tecido diferenciado, o REDE EPITELIAL RADICULAR.
Este tecido (Resto epiteliais de Malassez!) forma uma estrutura similar a uma rede (fig. 01).
Em 1980, Spouge já dizia que sua anatomia necessitava ser acuradamente descrita. (Este inserto é de 07 de maio/2011)
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A permanência destas células pode ser verificada também aqui além de demonstrar que expressam marcadores de células tronco (oct-4, Nanog e SSEA-4). (Este inserto é de 02 de maio de 2011)
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Esta rede envolve a raiz e desempenha uma série de funções, especialmente relacionadas a movimentação dentária durante o processo de mastigação e outras exigências oclusais, inclusive ortodônticas. Ela protege por exemplo da ocorrência de anquilose dentária.
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As células epiteliais dos restos epiteliais de Malassez (ou como eu prefiro, RER) podem possuir ação de degradação da substância extracelular (colágeno, por exemplo) do tecido conjuntivo (no ligamento periodontal) por ação de catepaína dependente de tiol, catepsina D, glicuronidase, aril-sulfatase, fosfatase ácida.Birek et al. (1980)
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Uma consideração que estudarei nos próximos dias, é se durante momentos de oclusão, ou movimentação ortodôntica, ocorre hipóxia sobre este tecido, e se neste caso a expressão de HIFalfa se estabiliza. E em caso positivo, qual o papel desempanhado por este sistema de HIFalfa e movimentação ortodôntica. Seria isto necessário para a não ocorrência de necrose celular programada.
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Assim, a Bainha Rizogênica Apical - BRA - (bainha epitelial de Hertwig) tem uma ocorrência apical.
A BRA (bainha epitelial de Hertwig) não cobre a superfície radicular.
É o epitélio reticular radicular que envolve a raiz.
A rede epitelial radicular (RER) é completamente apoiada em uma membrana basal. (Suzuki et al. 2006)
A células epiteliais envoltas em cemento não apresentam uma membrana basal contínua. (inserto: 15 maio 2011)
Sobre a membrana basal ver também Hamamoto et al. 1991
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Um aspecto importantíssimo é a presença da membrana basal.
Eu costumo dizer explicar que os epitélios servem para delimitar o que está dentro e o que está fora (e em nível celular - as membranas). Este raciocício explicitei em outro blog. Acesse o rapidinhas patológicas.
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Ora, se há membrana basal, então há um polo basal e um polo apical. O que é este polo apical nas células epiteliais da RER? um lúmen. Muito estreito
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Note porém que como uma rede (reticular) permite amplos espaços de contato entre folículo dentário e matriz dentinária.
Não se deve, portanto, descrever o processo como fragmentação ou com remanescentes de, porque não se trata disto, mas de um tecido (RER) que se diferencia a partir de um outro (BRA), cada um assumindo funções e localização específica. (este inserto é de 09/maio/2011)
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A diferenciação de Odontoblastos e de cementoblastos ocorre por indução a partir do contato com as células da bainha epitelial de Hertwig.
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Assim, a Bainha Rizogênica Apical (bainha epitelital de Hertwig) é uma estrutura de indução da diferenciação de odontoblastos e cementoblastos.
Enquanto,
o Rede Epitelial Radicular (RER), em uma posição cervical à bainha, apresenta um papel ulterior de manutenção da homeostasia do ligamento periodontal (ou do tecido periodontal de sustentação).
Nota (08/05/2011): Se cementoblastos continuam se diferenciando a partir de células tronco do periodonto, então o RER deve manter uma função indutora sobre estas. Além disto, se o RER tem suas células renovadas, ou seja, se a população celular de RER não diminui, embora haja morte celular (apoptose?), então o processo mitótico deve continuar ocorrendo, e as células do RER devem manter um comportamento de células tronco. Assim, o padrão reticular do RER não seria estático, mas dinâmico, com a rede se alterando em resposta a estímulos fisiológicos. O ERR produz enzimas que degradam a substância orgânica do ligamento periodontal.
Uma questão que fica agora me provocando é estudar como é a dinâmica do cemento (atividade de destruição de cemento e neoformação de cemento) na interface ligamento periodontal e cemento.
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Um papel em controlar a homeostasia do tecido periodontal, e uma conexão entre reabsorção radicular e alterações morfológicas derivadas do ectoderma faria sentido se o processo de reabsorção fosse também dependente do tecido ectodérmico.aqui
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O rede epitelial radicular corresponde em estrutura aos restos epiteliais de Malassez, mas não em conceito. Daí a proposição de um novo nome.
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