MATRILISINA
Flávio Furtado de Farias1
Histórico
Na década de 1980, foi identificada e purificada uma pequena metaloproteinase no útero de ratas, e denominada metaloproteinase 7. Sugeriu-se que esta metaloproteinase correspondia a proteína Pump-1, purificada em 1990 a partir de uma linhagem de células de carcinoma retal, sendo denominada de matrina devido a sua capacidade de degradar matriz extracelular, o termo matriz metaloproteinase 7 também foi proposto. Foram relatadas atividades de degradação de componentes da matriz extracelular, inclusive colágena tipo IV, por ação de Pump. (30, 32, 38, 61)
Em 1992, o primeiro relato de metaloproteinase 7, constitutivamente e induzível, em células humanas normais – fagócitos mononucleares em desenvolvimento – já denominando-a de matrilisina. No mesmo ano, a produção em células renais foi relatada, atuando sobre uroquinase, clivando sua porção ativa de ligação a receptores de uroquinase envolvida na ativação de plasminogênio em processos celulares. As células mesangiais glomerulares também produziam esta enzima, e sugeriram que poderia contribuir para a progressão de injúria durante a inflamação glomerular. A matrilisina é expressa também no endométrio, especialmente na fase proliferativa, na placenta, na córnea durante o reparo, e na junção neuromuscular, em vasos e ramificações nervosas de músculos estriados, enquanto na pele do adulto, está restrita a folículos pilosos e células secretórias. (5, 16, 22, 25, 26, 40,41, 47, 56, 60)
Em 1995, verificou-se que matrilisina é constitutivamente produzida por células epiteliais exócrinas por todo o corpo (glândulas mamárias, glândulas parótidas, pâncreas, fígado, próstata, ácinos serosos de glândulas peribrônquicas). As células de Paneth produzem-na constitutivamente no intestino, onde participam da resposta imune inata, através da ativação de prodefensinas, regulando a população bacteriana e a sua capacidade de invadir os tecidos. (43, 57)
A matrilisina já foi identificada em várias neoplasias, inclusive câncer de próstata, gástrico e de colon, gliomas, colorretal, carcinoma colangiocelular hepático, adenocarcinoma esofágico de Barret, carcinoma pancreático, carcinoma de células escamosas da boca e câncer de glândulas salivares. (12, 14, 15, 20, 23, 28, 31, 33, 34, 45, 63)
Diversos autores relacionam a expressão de metaloproteinase 7 e invasão metástase, ou seja, sendo importante para a progressão do tumor. A expressão de matrilisina é regulada por b-catenina/TCF, o que explica a sua alta expressão em câncer de colo retal.(3, 27, 28, 34)
O gene de PUMP foi clonado em Escherichia coli, utilizando um vetor viral – T7. E a estrutura genômica analisada, revelando uma estrutura diferenciada em relação aos genes das outra metaloproteinases, pela ausência do domínio carboxilterminal conservado nas outras e por possuir seis e não cinco éxons. (13, 62).
Biologia da matrilisina
A matrilisina pertence ao grupo das metaloproteinases de matriz que são enzimas contendo zinco e dependentes de Ca++. A família das MMP compreende 23 membros estruturalmente relacionados que são divididos em colagenases, gelatinases, estromelisinas, MMP de membranas e outras MMPs.. A matrilisina (28kd) é a menor MMP, não possui o domínio hemopexina C-terminal comum às outras MMPs. A matrilisina é secretada como uma proenzima de 28-kDa e é ativada por remoção proteolítica de um prodomínio de 9kDa de sua N-extremidade. Seus substratos (in vitro) incluem proteoglicanos, agrecanos, gelatinas, fibronectina, tenascina e elastinas, bem como componentes da membrana basal – nidogem, laminina e colágeno tipo IV. (7, 45, 35, 36)
A expressão de matrilisina, em tecidos não lesionados, sugere que apresenta função de homeostase nos epitélios, tendo sido sugerido papel na resposta imune inata. Todos os tecidos, em que matrilisina é constitutivamente expressa, são abertos para o ambiente e, assim, vulneráveis a exposição bacteriana. A expressão de matrilisina é fortemente estimulada por exposição a bactérias, e estudos diversos, inclusive com animais “germfree”, indicam mesmo que a microbiota constitui-se no sinal fisiológico para sua expressão. A matrilisina ativa peptídeos antimicrobianos, fatores de crescimento e quimioatraentes para monócitos. Assim, atua como enzima processadora de substâncias chave na comunicação intercelular e célula-matriz. Este estímulo bacteriano à sua produção é restrito a células epiteliais e não afeta a expressão de outras MMPs. Ou seja, a matrilisina é produzida por células epiteliais em resposta a microrganismos. (17, 35, 36)
A matrilisina está envolvida na resposta imune, proliferação celular, morte celular e transdução de sinal em resposta a infecção por Pseudomonas aeruginosa. (17)
Matrilisina participa na degradação de componentes da membrana basal o que sugere importante papel na invasão por células neoplásicas, inflamatórias e no remodelamento dos tecidos. A matrilisina degrada entanctina, fibronectina, laminina, colágeno e proteoglicanos, e pode ativar outras enzimas que degradam a matriz extracelular, como a progelatinase A. As metaloproteinases apresentam um papel principal no remodelamento dos tecidos, e a matrilisina é produzida por células epidérmicas na pele em desenvolvimento embrionário. Os apêndices da pele (folículos pilosos) continuam a expressá-la, mas progressivamente concentrada na porção distal do folículo. Na pele do adulto, está restrita a folículos pilosos e células secretórias. (8, 16, 44, 49)
A matrilisina é constitutivamente produzida por células epiteliais exócrinas por todo o corpo (glândulas mamárias, glândulas parótidas, pâncreas, fígado, próstata, ácinos serosos de glândulas peribrônquicas), e especulam que tem função fisiológica prevenindo a obstrução glandular. Por outro lado, pode ser um importante mediador, através da clivagem de FasL, da apoptose em células epiteliais. (37, 43)
A matrilisina é produzida por células de Paneth, onde participam da resposta imune inata, através da ativação de prodefensinas, regulando a população bacteriana e a sua capacidade de invadir os tecidos. E, a exposição a bactérias estimula a sua produção. Seu amplo espectro de expressão em diferentes órgãos sugere que tem função comum nestas mucosas, e pode ser a de ativar defensinas. As defensinas produzidas por células de Paneth são moléculas efetoras da imunidade inata intestinal e alteram marcantemente a composição da microbiota comensal do hospedeiro. A expressão de matrilisina pode ter uma função protetora contra translocação bacteriana. (9, 21, 46, 58, 61)
A matrilisina é produzida por células suprabasais do epitélio juncional da gengiva e pelas células dos restos epiteliais de Malassez, sendo estimulada sua produção por diversas bactérias da microbiota periodontal, entre as quais Fusobacterium nucleatum, Fusobacterium necrophorum, Peptostreptococcus endodontalis e Prevotella denticola, tendo assim importante papel na fisiologia do epitélio juncional. (54)
As metaloproteinases são responsáveis pela degradação de proteínas dos tecidos conjuntivos, além de ativar citocinas, quimiocinas, receptores e peptídeos antimicrobianos. A matrilisina também é importante para mediar a liberação proteolítica de TNF por macrófagos, e é induzida pela exposição a bactérias, e, curiosamente, sob hipóxia. A hipóxia também estimula a ativação de MMP em células do músculo liso da bexiga. (1, 4, 35)
A matrilisina também parece possuir função de regular a atividade de elastase dos leucócitos por degradar alfa-1-antitripsina, podendo participar da patogênese do enfisema, e pode servir de marcador sérico para fibrose pulmonar idiopática. Além disto, produzida no capuz fibroso de placas ateroscleróticas pode contribuir para a formação de trombos uma vez que atua sobre TFPI inibindo sua ação anticoagulante. Macrófagos e cardiomiócitos são fontes ricas em matrilisina, e níveis elevados desta MMP são encontrados após um infarto agudo do miocárdio, além de alguns de seus substratos, tais como fibronectina e tenascina C. (2, 6, 42, 48, 50)
A matrilisina clivando diversos fatores de crescimento está envolvida na modulação do comportamento celular.(29)
Diferentes metaloproteinases participam do reparo de diferentes tecidos. Matrilisina não é expressa durante o reparo da pele, mas sua expressão em outras células tem diferentes funções a depender de uma expressão apical (ativação de defensinas) ou basal (migração celular). A matrilisina é uma MMP pró-inflamatória e pode retardar o processo de reparo de feridas.(35, 56)
A produção de matrilisina é necessária para a migração de macrófagos durante o período embrionário.(53)
A metaproteinase 7 já foi identificada em várias neoplasias, inclusive câncer de próstata, gástrico e de colon, gliomas, colorretal, carcinoma colangiocelular hepático, adenocarcinoma esofágico de Barret, carcinoma pancreático, carcinoma de células escamosas da boca, câncer de glândulas salivares. (12, 14, 15, 20, 22, 28, 31, 33, 34, 45, 62)
A expressão de matrilisina está associada a carcinoma de células escamosas da boca com comportamento mais agressivo.(7)
A secreção de matrilisina ativada por células neoplásicas pode clivar RANKL a partir de células neoplásicas expressando RANKL, e liberar a forma ativa solúvel de RANKL e induzir a ativação de osteoclastos e a reabsorção óssea. A degradação óssea então permitiria a liberação de fatores de crescimento do tumor, tais como fator de crescimento semelhante à insulina, fator de crescimento transformante e fator de crescimento fibroblastos, que estimula um ciclo vicioso entre os processos osteolíticos e o desenvolvimento de tumor na matriz óssea. (7, 52)
A degradação dos componentes da matriz extracelular é primariamente controlada por o balanço entre enzimas proteolíticas denominadas de metaloproteinases da matriz (MMPs) e inibidores de MMPs teciduais correspondentes (TIMPs). A metaloproteinase 7 foi detectada nas células epiteliais de adenocarcinoma de próstata e em glândulas displásicas mas não no estroma. (7, 34)
Diversos autores relacionam a expressão de metaloproteinase 7 e invasão metástase, ou seja, sendo importante para a progressão do tumor. A expressão de matrilisina é regulada por b-catenina/TCF, o que explica a sua alta expressão em câncer de colo retal. Sendo produzida por células neoplásicas, e não pelas estromais, a enzima pode ser produzida e direcionada diretamente para o alvo. (3, 27, 28, 29, 52)
Inibidores de metaloproteinases da matriz (MMPI) podem interromper a destruição periodontal durante periodontites. Por outro lado, existem relatos de que os níveis de TIMP-1 estão associados com aumentada inflamação periodontal.(11, 39)
A matrilisina está associada às defesas inatas nos tecidos periodontais. Tendo sido observado que extrato de semente de uva e licoricidina é capaz de inibir a secreção de diversas MMPs, inclusive matrilisina, por macrófagos, com potencial uso terapêutico em periodontites. Derivados da matriz do esmalte (Emdogain) poderiam, além de estimular a proliferação e sobrevivência de células do periodonto, equilibrar o balanço entre MMP-TIMP no tecido gengival e interromper a destruição da matriz extracelular. (11, 18, 19, 64)
A expressão de matrilisina é estimulada por fator de crescimento epidérmico (EGF), via fatores de transcrição PEA3, por Wnt nos rins. Além disto, EGF regula a expressão de matrilisina de forma dose dependente, e sugerem que EFG exerça função na destruição periodontal e no reparo de feridas. (10, 24, 50)
Considerações finais
A produção de matrilisina por diferentes tecidos indica a importância de seu papel fisiológico, enquanto o nível aumentado em situações patológicas a torna alvo de estudos sobre a sua participação na patogênese de diversas doenças e de farmacoterapia.
Desta forma, verificam-se diversas funções fisiológicas ou patológicas para a matrilisina, destacadamente a ativação de defensinas, na resposta imune inata, e de citocinas e fatores de crescimento em diversos processos de sinalização celular, inclusive no metabolismo ósseo, com importante repercussões em doenças que envolvem desde o equilíbrio da microbiota gastrointestinal até o avanço de destruição óssea das doenças periodontais e invasões metastáticas osteolíticas de diversos neoplasma, passando pelos processos de fibrose e distúrbios do reparo do aparelho respiratório.
A produção de matrilisina por células do epitélio juncional e por células do restos epiteliais de Malassez, ao redor das raízes dentárias, e, as funções desempenhadas por esta MMP, oferecem a oportunidade de se realizar estudos para verificar a relação entre estas estruturas, a produção de matrilisina e os diversos distúrbios patológicos envolvendo o periodonto, bem como de situações terapêuticas como os tratamentos periodontais e ortodônticos.
1. Aitken KJ, Tolg C, Panchal T, Leslie B, Yu J, Elkelini M, Sabha N,
Tse DJ,Lorenzo AJ, Hassouna M, Bägli DJ. Mammalian target of
rapamycin (mTOR) induces proliferation and de-differentiation
responses to three coordinate pathophysiologic stimuli (mechanical
strain, hypoxia, and extracellular matrix remodeling) in rat bladder
smooth muscle. Am J Pathol. 2010 Jan;176(1):304-19.
2. Belaaouaj AA, Li A, Wun TC, Welgus HG, Shapiro SD. Matrix
metalloproteinases cleaves tissue factor pathway inhibitor.
Effects on coagulation. J Biol Chem. 2000 Sep; 275(35): 27123-8.
3. Brabletz T, Jung A, Dag S, Hlubek F, Kirchner, T. b-catenin regulates
the expression of the matrix metalloproteinase-7 in human colorectal
cancer. Am J Pathol., 1999 Oct; 155(4): 1033-8.
4. Burke B. The role of matrix metalloproteinase 7 in innate immunity.
Immunobiology. 2004;209(1-2):51-6.
5. Busiek DF, Ross FP, McDonnell S, Murphy G, Matrisian LM, Welgus HG.
The matrix metalloprotease matrilysin (PUMP) is expressed in developing
human mononuclear phagocytes. J Biol Chem. 1992 May 5;267(13):9087-92.
6. Chiao YA, Zamilpa R, Lopez EF, Dai Q, Escobar GP, Hakala K, Weintraub
ST, Lindsey ML. In vivo matrix metalloproteinase-7 substrates identified in
the left ventricle post-myocardial infarction using proteomics. J Proteome
Res. 2010 May 7;9(5):2649-57.
7. Chuang HC, Su CY, Huang HY, Huang CC, Chien CY, Du YY, Chuang JH.
Active matrix metalloproteinase-7 is associated with invasion in buccal
squamous cell carcinoma. Mod Pathol. 2008 Dec;21(12):1444-50.
8. Crabbe T, Smith B, O'Connell J, Docherty A. Human progelatinase A can
be activated by matrilysin. FEBS Lett. 1994 May 23;345(1):14-6.
9. Cunliffe RN, Mahida YR. Antimicrobial peptides in innate intestinal host
defence. Gut. 2000 Jul;47(1):16-7.
10. Cury PR, de Araújo VC, Canavez F, Furuse C, Leite KR, de Araújo NS.
The effect of epidermal growth factor on matrix metalloproteinases and
tissue inhibitors of metalloproteinase gene expression in cultured human
gingival fibroblasts. Arch Oral Biol. 2007 Jun;52(6):585-90. Epub 2006 Dec 19.
11. Emingil G, Tervahartiala T, Mãntylã P, Määttä M, Sorsa T, Atilla G. Gingival
crevicular fluid matrix metalloproteinase (MMP)-7, extracellular MMP inducer,
and tissue inhibitor of MMP-1 levels in periodontal disease. J Periodontol.
2006 Dec;77(12):2040-50.
12. Fukushima H, Yamamoto H, Itoh F, Nakamura H, Min Y, Horiuchi S, Iku S,
Sasaki S, Imai K. Association of matrilysin mRNA expression with K-ras
mutations and progression in pancreatic ductal adenocarcinomas.
Carcinogenesis. 2001 Jul; 22(7): 104-52.
13. Gaire M, Magbanua Z, McDonnell S, McNeil L, Lovett DH, Matrisian LM.
Structure and expression of the human gene for the matrix metalloproteinase matrilysin.
J Biol Chem. 1994 Jan 21;269(3):2032-40.
14. Honda M, Mori M, Ueo H, Sugimachi K, Akiyoshi T. Matrix metalloproteinase-7
expression in gastric carcinoma. Gut. 1996 Sep;39(3):444-8.
15. Impola U, Uitto VJ, Hietanen J, Hakkinen L, Zhang L, Larjava H, Isaka K,
Saarialho-Kere U. Differential expression of matrilysin-1 (MMP-7), 92 kD
gelatinase (MMP-9), and metalloelastase (MMP-12) in oral verrucous and
squamous cell cancer. J Pathol. 2004 Jan;202(1):14-22.
16. Karelina TV, Goldberg GI, Eisen AZ. Matrilysin (PUMP) correlates with
dermal invasion during appendageal development and cutaneous neoplasia.
J Invest Dermatol. 1994 Oct;103(4):482-7.
17. Kassim SY, Gharib SA, Mecham BH, Birkland TP, Parks WC, McGuire JK.
Individual matrix metalloproteinases control distinct transcriptional responses
in airway epithelial cells infected with Pseudomonas aeruginosa. Infect Immun.
2007 Dec;75(12):5640-50.
18. La VD, Bergeron C, Gafner S, Grenier D. Grape seed extract suppresses
lipopolysaccharide-induced matrix metalloproteinase (MMP) secretion by
macrophages and inhibits human MMP-1 and -9 activities.
J Periodontol. 2009 Nov;80(11):1875-82.
19. La VD, Tanabe S, Bergeron C, Gafner S, Grenier D. Modulation of matrix
metalloproteinase and cytokine production by licorice isolates licoricidin and
licorisoflavan A: potential therapeutic approach for periodontitis.
J Periodontol. 2011 Jan;82(1):122-8.
20. Lichtinghagen R, Helmbrecht T, Arndt B, Böker KH. Expression pattern of
matrix metalloproteinases in human liver. Eur J Clin Chem Clin Biochem.
1995 Feb;33(2):65-71.
21. López-Boado YS, Wilson CL, Hooper LV, Gordon JI, Hultgren SJ, Parks WC.
Bacterial exposure induces and activates matrilysin in mucosal epithelial cells.
J Cell Biol. 2000 Mar 20;148(6):1305-15.
22. Lu PC, Ye H, Maeda M, Azar DT. Immunolocalization and gene expression of
matrilysin during corneal wound healing. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1999
Jan;40(1):20-7.
23. Luukkaa H, Klemi P, Hirsimäki P, Vahlberg T, Kivisaari A, Kähäri VM, Grénman R.
Matrix metalloproteinase (MMP)-7 in salivary gland câncer.
Acta Oncol. 2010;49(1):85-90.
24. Lynch CC, Crawford HC, Matrisian LM, McDonnell S. Epidermal growth factor
upregulates matrix metalloproteinase-7 expression through activation of PEA3
transcription factors. Int J Oncol. 2004 Jun;24(6):1565-72.
25. Marcotte PA, Kozan IM, Dorwin SA, Ryan JM. The matrix metalloproteinase
pump-1 catalyzes formation of low molecular weight (pro)urokinase in cultures
of normal human kidney cells. J Biol Chem. 1992 Jul 15;267(20):13803-6.
26. Marti HP, McNeil L, Thomas G, Davies M, Lovett DH. Molecular characterization
of a low-molecular-mass matrix metalloproteinase secreted by glomerular mesangial
cells as PUMP-1. Biochem J. 1992 Aug 1;285 ( Pt 3):899-905.
27. Matrisian LM, Wright J, Newell K, Witty JP. Matrix-degrading metalloproteinases
in tumor progression. Princess Takamatsu Symp. 1994;24:152-61.
28. McDonnell S, Navre M, Coffey RJ Jr, Matrisian LM. Expression and localization
of the matrix metalloproteinase pump-1 (MMP-7) in human gastric and colon
carcinomas. Mol Carcinog. 1991;4(6):527-33.
29. Miyamoto S, Yano K, Sugimoto S, Ishii G, Hasebe T, Endoh Y, Kodama K,
Goya M,Chiba T, Ochiai A. Matrix metalloproteinase-7 facilitates insulin-like
growth factor bioavailability through its proteinase activity on insulin-like growth
factor binding protein 3. Cancer Res. 2004 Jan 15;64(2):665-71.
30. Miyazaki K, Hattori Y, Umenishi F, Yasumitsu H, Umeda M. Purification and
characterization of extracellular matrix-degrading metalloproteinase, matrin (pump-1),
secreted from human rectal carcinoma cell line. Cancer Res.
1990 Dec 15;50(24):7758-64.
31. Mori M, Barnard GF, Mimori K, Ueo H, Akiyoshi T, Sugimachi K. Overexpression of
matrix metalloproteinase-7 mRNA in human colon carcinomas. Cancer.
1995 Mar 15;75(6 Suppl):1516-9.
32. Murphy G, Cockett MI, Ward RV, Docherty AJ. Matrix metalloproteinase degradation
of elastin, type IV collagen andproteoglycan. A quantitative comparison of the activities
of 95 kDa and 72 kDa gelatinases, stromelysins-1 and -2 and punctuated
metalloproteinase (PUMP). Biochem J. 1991 Jul 1;277 ( Pt 1):277-9.
33. Nakano A, Tani E, Miyazaki K, Furuyama J, Matsumoto T. Expressions of matrilysin
and stromelysin in human glioma cells. Biochem Biophys Res Commun.
1993 May 14;192(3):999-1003.
34. Pajouh MS, Nagle RB, Breathnach R, Finch JS, Brawer MK, Bowden GT.
Expression of metalloproteinase genes in human prostate cancer.
J Cancer Res Clin Oncol. 1991;117(2):144-50.
35. Parks, WC, López-Boado YS, Wilson CL. Matrilysin in epithelial repair and defense.
Chest. 2001 Jul;120(1 Suppl):36S-41S.
36. Parks, WC, Shapiro, SD. Matrix metalloproteinases in lung biology. Respir Res.
2001 Dec; 2(1): 10-9.
37. Powell WC, Fingleton B, Wilson CL, Boothby M, Matrisian LM. The metalloproteinase
matrilysin proteolytically generates active soluble Fas ligand and potentiates epithelial
cell apoptosis. Curr Biol. 1999 Dec 16-30;9(24):1441-7.
38. Quantin B, Murphy G, Breathnach R. Pump-1 cDNA codes for a protein with
characteristics similar to those of classical collagenase family members.
Biochemistry. 1989 Jun 27;28(13):5327-34.
39. Ramamurthy NS, Xu JW, Bird J, Baxter A, Bhogal R, Wills R, Watson B,
Owen D,Wolff M, Greenwald RA. Inhibition of alveolar bone loss by matrix
metalloproteinase inhibitors in experimental periodontal disease. J Periodontal Res.
2002 Feb;37(1):1-7.
40. Rodgers WH, Osteen KG, Matrisian LM, Navre M, Giudice LC, Gorstein F.
Expression and localization of matrilysin, a matrix metalloproteinase, in human
endometrium during the reproductive cycle. Am J Obstet Gynecol. 1993 Jan;
168(1 Pt 1):253-60.
41. Rodgers WH, Matrisian LM, Giudice LC, Dsupin B, Cannon P, Svitek C, Gorstein F,
Osteen KG. Patterns of matrix metalloproteinase expression in cycling endometrium
imply differential functions and regulation by steroid hormones. J Clin Invest.
1994 Sep;94(3):946-53.
42. Rosas IO, Richards TJ, Konishi K, Zhang Y, Gibson K, Lokshin AE, Lindell KO,
Cisneros J, Macdonald SD, Pardo A, Sciurba F, Dauber J, Selman M, Gochuico BR,
Kaminski N. MMP1 and MMP7 as potential peripheral blood biomarkers in idiopathic
pulmonary fibrosis. PLoS Med. 2008 Apr 29;5(4):e93.
43. Saarialho-Kere UK, Kovacs SO, Pentland AP, Olerud JE, Welgus HG, Parks WC.
Cell-matrix interactions modulate interstitial collagenase expression by human
keratinocytes actively involved in wound healing. J Clin Invest.
1993 Dec;92(6):2858-66.
44. Saarialho-Kere UK, Crouch EC, Parks WC. Matrix metalloproteinase matrilysin is
constitutively expressed in adult human exocrine epithelium. J Invest Dermatol.
1995 Aug;105(2):190-6.
45. Salmela MT, Karjalaine-Lindsberg M-L, Puolakkainen P, Saarialho-Kere U.
Upregulation and differential expression of matrilysin (MMP-7) and metalloelastase
(MMP-12) and their inhibitors TIMP-1 and TIMP-3 in Barrett’s oesophageal
adenocarcinoma. Br J Cancer. 2001 Aug; 85(3): 383-392.
46. Salzman NH, Hung K, Haribhai D, Chu H, Karlsson-Sjöberg J, Amir E, Teggatz P,
Barman M, Hayward M, Eastwood D, Stoel M, Zhou Y, Sodergren E, Weinstock GM,
Bevins CL, Williams CB, Bos NA. Enteric defensins are essential regulators of
intestinal microbial ecology. Nat Immunol. 2010 Jan;11(1):76-83.
47. Schoser BG, Blottner D. Matrix metalloproteinases MMP-2, MMP-7 and MMP-9 in
denervated human muscle. Neuroreport. 1999 Sep; 10(13): 2795-7.
48. Shapiro SD. Elastolytic metalloproteinases produced by human mononuclear
phagocytes. Potential roles in destructive lung disease. Am J Respir Crit Care Med.
1994 Dec;150(6 Pt 2):S160-4.
49. Sires UI, Griffin GL, Broekelmann TJ, Mecham RP, Murphy G, Chung AE, Welgus HG,
Senior RM. Degradation of entactin by matrix metalloproteinases. Susceptibility to
matrilysin and identification of cleavage sites. J Biol Chem. 1993
Jan 25;268(3):2069-74.
50. Sires UI, Murphy G, Baragi VM, Fliszar CJ, Welgus HG, Senior RM. Matrilysin is
much more efficient than other matrix metalloproteinases in the proteolytic inactivation
of alpha 1-antitrypsin. Biochem Biophys Res Commun. 1994 Oct 28;204(2):613-20.
51. Surendran K, Simon TC, Liapis H, McGuire JK. Matrilysin (MMP-7) expression in
renal tubular damage: association with Wnt4. Kidney Int. 2004 Jun;65(6):2212-22.
52. Thiolloy S, Halpern J, Holt GE, Schwartz HS, Mundy GR, Matrisian LM, Lynch CC.
Osteoclast-derived matrix metalloproteinase-7, but not matrix metalloproteinase-9,
contributes to tumor-induced osteolysis. Cancer Res. 2009 Aug 15;69(16):6747-55.
53. Tomlinson ML, Garcia-Morales C, Abu-Elmagd M, Wheeler GN. Three matrix
metalloproteinases are required in vivo for macrophage migration during embryonic
development. Mech Dev. 2008 Nov-Dec;125(11-12):1059-70.
54. Uitto VJ, Salonen JI, Firth JD, Jousimies-Somer H, Saarialho-Kere U. Matrilysin
(matrix metalloproteinase-7) expression in human junctional Epithelium.
J Dent Res. 2002 Apr;81(4):241-6.
55. Utz ER, Elster EA, Tadaki DK, Gage F, Perdue PW, Forsberg JA, Stojadinovic A,
Hawksworth JS, Brown TS. Metalloproteinase expression is associated with
traumatic wound failure. J Surg Res. 2010 Apr;159(2):633-9.
56. Vettraino IM, Roby J, Tolley T, Parks WC. Collagenase-I, stromelysin-I, and matrilysin
are expressed within the placenta during multiple stages of human pregnancy.
Placenta. 1996 Nov;17(8):557-63.
57. Webb, E. C. (ed) (1992) Enzyme Nomenclature (1991) Recommendations of the Nomenclature Committee of the Znternatwnal Union of Biochemistry and Molecular Biology on the Nomenclature and Classification of Enzymes, Academic Press, New York, in press. [APUD]
58. Wilson CL, Ouellette AJ, Satchell DP, Ayabe T, López-Boado YS, Stratman JL,
Hultgren SJ, Matrisian LM, Parks WC. Regulation of intestinal alpha-defensin
activation by the metalloproteinase matrilysin in innate host defense. Science.
1999 Oct 1;286(5437):113-7.
59. Woessner JF Jr, Taplin CJ. Purification and properties of a small latent matrix
metalloproteinase of the rat uterus. J Biol Chem. 1988 Nov 15;263(32):16918-25.
60. Woessner JF Jr. The small matrix metalloproteinase of the rat uterus.
Matrix Suppl. 1992;1:58-63.
61. Yang HM, Chai JK, Wu YQ, Lu Y, Yin HN, Liu Q, Jin H, Sheng ZY.. [Defensin-5 and Matrilysin mRNA expression in the intestine of scalded rats and its relation to bacterial translocation]. Zhongguo Wei Zhong Bing Ji Jiu Yi Xue. 2004 Jun;16(6):345-7.
62. Ye QZ, Johnson LL, Baragi V. Gene synthesis and expression in E. coli for pump,
a human matrix metalloproteinase. Biochem Biophys Res Commun. 1992
Jul 15;186(1):143-9.
63. Yoshimoto M, Itoh F, Yamamoto H, Hinoda Y, Imai K, Yachi A. Expression of MMP-7
(PUMP-1) mRNA in human colorectal cancers. Int J Cancer. 1993 Jun 19;54(4):614-8.
64. Zeldich E, Koren R, Dard M, Weinberg E, Weinreb M, Nemcovsky CE.
Enamel matrix derivative induces the expression of tissue inhibitor of matrix
metalloproteinase-3 in human gingival fibroblasts via extracellular signal-regulated
kinase. J Periodontal Res. 2010 Apr;45(2):200-6.
Nenhum comentário:
Postar um comentário